Catarina Catão
1 min readJul 11, 2021

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Ansiedade. Me vejo olhando o celular várias vezes, em um frenético tic nervoso de insta-tele-insta-tele-GRAM. Não sei como evitar, só sei q acontece. A sensação de estar com pessoas e não estar com elas. A fria sensação de uma presença inexistente que me congela e trinca por dentro. Me sufoca e paralisa o corpo. Me mantém parada com a mente a mil por segundo. E deito na rede, na cama, não descanso. Olheiras que crescem e busco, além do meu conforto domiciliar, vidas irreais em dias reais nas horas que não vejo passar. Me permito aqui e agora viver um pouco mais que no celular, pq essas redes me consomem e me destroem e isso tah me destruindo. Preciso deixar, preciso soltar a tela fria q tanto me alucina, me vicia, me fere e amedronta com seu eterno entre-ter, com seus eterno deslizar de dedos e sua tela brilhosa que mexe com minha saude mental

Grossos em fim de tarde

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Catarina Catão

Artista visual em escritas figurativas dos paradoxos existenciais